sábado, 4 de abril de 2009

Palavra do Bispo - A força da convicção


É comum encontrarmos pessoas que não têm uma opinião formada sobre este ou aquele assunto. Até ai tudo bem. Visto que isso pode ser levado pelo desconhecimento de causa, por falta de interesse, ou porque ainda não pesquisou o suficiente para emitir o seu ponto de vista. Neste caso, demonstra prudência, a fim de não cometer um equivoco que acaba por trazer sérias conseqüências.

No entanto, temos de convir que nem sempre é correto ficar no campo da indecisão, uma que precisamos, em dado momento, nos definirmos, e assim externarmos a nossa preferência, ou convicção sobre este ou aquele ponto de vista.

É de conhecimento de todos nós, que em maior ou menor escala, sofremos a influência do meio onde vivemos, e com freqüência acabamos nos moldando àquilo que a maioria ao nosso redor aprova como sendo o padrão a ser seguido.

No entanto, entra em questão os valores éticos, morais e religiosos que em uma fase da vida nos foram passados. Portanto, cabe a cada um de nós preservá-los, e até mesmo aprimorá-los, a fim de que os mesmos possam servir de parâmetros que nos norteiam na estrada da vida.

O apostolo Pedro nós traz uma grande lição de como devemos ser firmes naquilo que, segundo a nossa maneira de entender, tem os seus valores. Refiro-me a experiência que o mesmo tivera ao ter uma visão na qual havia animais considerados imundos segundo a tradição judaica. O interessante, é que nem uma voz vinda do céu, estava conseguindo persuadi-lo. A não ser quando entendeu que tratava da voz de Deus a ordená-lo. Diante dessa certeza, ai sim, ele se rendeu. (At. 10. 9-16)

Estamos vivendo em uma época em que as pessoas não parecem ter certeza dos reais valores para a vida. Por isso, com muita naturalidade, abraçam novos postulados, sem avaliarem as implicações de sua decisão. Assim acontece com os políticos que migram para outros partidos, tão somente porque recebem uma proposta melhor, não se importando com aqueles que o elegeram, nem se quer com a sua imagem como um homem público. No casamento, isso tem se tornado comum, pois não mais valorizam os votos formulados diante de um juiz de paz ou de um ministro religioso; nem tão pouco o que isso trará para os filhos, bem como as famílias envolvidas.

No tocante as convicções de fé isso não tem sido diferente, posto que deixam de honrar os votos feito em sua profissão de fé, e não apenas deixam a sua congregação, mas o pior, abraçam uma nova doutrina, que por vezes é contrária aos princípios bíblicos ensinados pelos apóstolos e ratificados pela Reforma Protestante do século XVI.

Que bom seria termos uma geração de cristãos que dissessem como Paulo: “Mas eu sei em quem tenho crido, e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu deposito até aquele dia. (II Tm. 1.2)

Elisiário Alves dos Santos
Superintendente Regional